O drama do coronavírus ganhou a plasticidade de seu efeito no mundo com a contrição de um papa rezando a missa de Páscoa! A sua solidão entre catedrais, palácios e monumentos fez ecoar a necessidade de ser pensado um processo civilizatório que não esteja voltado somente para a competitividade, o lucro, o consumo e a individualidade. O papa pediu uma mudança global de “nossa civilização”; místicos procuram nas profecias, verdades que já tinham sido reveladas em tempos passados; parte do senso comum, identifica como final dos tempos e, intelectuais de várias formações , procuram extrair ensinamentos do que vem acontecendo. A potencialização da liberdade e do sucesso individual em detrimento da igualdade como motor de um mundo globalizado vem alimentando as experiências de Estado mínimo e do privado em detrimento do público. (AU)